Penso que o futuro porque o passado já passou, bom ou mau, e ficou a experiência. Sejam sucessos ou fracassos, aprendemos com isso. O futuro assusta-me mais porque somos responsáveis pelo futuro e temos muitos desafios: como tantas coisas que dividem as pessoas. Temos de continuar fortes para unir as pessoas, apesar das diferenças.
Baseado no provérbio chinês: "Se vires um pobre, não lhe dês o peixe, ensina-o a pescar", qual deve ser para si a atuação dos países europeus para com os refugiados, dar o peixe ou ensinar a pescar?
No início os refugiados precisam de apoio para se levantarem – a língua e todo o processo de integração, que os capacite para que possam fazer coisas no futuro. É melhor dar-lhes as ferramentas de forma que possam viver autonomamente. Prefiro, assim, sublinhar o “ensinar a pescar”.
Sem querer, de qualquer maneira e, sem sentido pejorativo, ofender qualquer tipo de susceptibilidade, concorda que, pelo facto de os refugiados migrarem para a Europa, poderá a Europa, eventualmente, um dia, começar a adotar estratégias que acabariam por levar a economia para uma recessão ou, quem sabe num estado crónico?
O que sentiste quando tiveste que abandonar o teu país e a tua família?
Como estudante em Évora, gostava de te perguntar se a tua boa experiência no Alentejo pode servir como incentivo à vinda de novos refugiados?
Aconselhas o nosso país e designadamente a cidade de Évora para acolhimento?
Quando projeta a sua vida, consegue planear o que quer que seja a longo prazo? O seu futuro e os seus pensamentos sobre este, sobretudo, enquadram-no dentro de Portugal?
Integrou uma equipa de voluntários num campo de refugiados na Grécia. Qual foi a situação que mais o impressionou e qual era o desejo da maioria das pessoas que encontrou neste campo?