Após a sua experiência no cargo, considera as funções de coordenação e arbitragem de um Presidente da Assembleia da República são compatíveis com a sua ligação com um dos lados da bancada?
Creio ter provado que isso era possível. Na reeleição, a confirmá-lo fui até eleito por mais votos dos partidos da oposição do que do meu partido.
Sendo publicamente reconhecido como um "Socialista de Direita" sente-se confortável com a radicalização à esquerda do PS? Considera ainda que movimentos como o "Resgatar a Democracia" são uma esperança para que a actividade política em Portugal ultrapasse as barreiras ideológicas dos partidos?
Constantemente se debate a potencialidade económica da centralidade geográfica de Portugal num plano Europa-África-América, mas não se têm materializado em igual dose os resultados dessa discussão. Qual a estratégia para tornar este "desejo" uma "realidade"?
Enquanto presidente da Mesa da Assembleia da República no período (2005-2009), período esse conturbado, qual foi a situação mais crítica em que esteve envolvido e que teve-a de gerir?
Visto que é uma personalidade que já vivenciou diversas situações politicas e globais, como a fundação do Partido Socialista ou a assinatura de adesão à CEE. Gostaria de saber a sua opinião acerca de toda a evolução política referindo se foi positiva ou não?
Estando o Partido Socialista no governo com o apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, não considera que o PS se encontra numa deriva à esquerda?
Ao ver o seu Partido ter como seus parceiros de Governo Partidos como o PCP e o BE e sabendo que o Dr. Jaime Gama é um europeísta teme o futuro de Portugal na União Europeia?
Voltando a 1999, depois do referendo da autodeterminação que fez com que Timor-Leste se tronasse na primeira nação independente a nascer no Século XXI. Qual foi a sensação, os principais entraves, e as mudanças/alterações que todo o processo lhe suscitou desde então?