Simulação de Assembleia: Convocar um referendo sobre a manutenção de Portugal na União Europeia
Joana Barata Lopes
Eu pedia aos grupos que ocupassem os novos lugares. Ao
Grupo Encarnado que viesse para a bancada do Governo. Ao Grupo Castanho que
ocupasse a bancada à nossa esquerda, da Oposição 1. E ao Grupo Laranja que
ocupasse os lugares à nossa direita, da Oposição 2.
Dep.Carlos Coelho
Peço que acelerem; estamos um bocadinho atrasados.
Joana Barata Lopes
Agora sim, vamos dar início ao quinto ponto da nossa
sessão parlamentar, com o tema "Convocar um referendo sobre a manutenção de
Portugal na União Europeia”. Para apresentar a proposta tem a palavra, pelo
Governo Encarnado, a senhora Ministra Raquel Silva. Dispõe de cinco minutos.
Raquel Silva
Senhora presidente da Assembleia, senhoras Deputadas,
senhores Deputados;
A União Europeia vive um período de instabilidade
incomparável nos seus últimos vinte e três anos. Profundas mudanças na
estrutura da economia e naquilo que é a organização social de cada país,
atribuiu uma elevada agitação social e conflitos internos entre blocos de
Estados membros.
A crise de 2008, iniciada na Bolsa de Nova Iorque, agitou
de forma violenta toda a economia e as restantes esferas da vida social pelo
mundo todo.
A Europa, num mundo cada vez mais globalizado, não
escapou a todo este abalo. Uma União ainda em fase de maturação e que nunca viu
determinados setores da vida das suas populações serem servidos por políticas
únicas a nível europeu, sofreu duras consequências, uma vez que os seus países
se encontravam em diferentes estágios de desenvolvimento, quer político, quer social,
quer jurídico ou até mesmo económico.
Estas assimetrias internas, acompanhadas por alguma
permissividade e falta de fiscalização em diversas áreas foram causa do castigo
que os mercados internacionais não perdoaram aos países da União. Seguiu-se,
nos países com mais dificuldades económico-financeiras, uma série de
negociações com outras instituições comunitárias e internacionais, num contexto
de pedido de ajuda financeira externa.
Pela força da pressão das instituições, e pelas correntes
da economia de mercado mundial, estes Estados foram obrigados a embarcar num
programa de ajustamento que, necessariamente, obrigou as populações a passar
por períodos de dura austeridade. Em consequência deste estado negativo, as
populações manifestaram o seu desagrado e, apoiadas por movimentos de partidos
eurocéticos, iniciaram um período de compulsões e manifestação de desagrado
que, pela primeira vez em muitas décadas, pôs em causa a firmeza e a
estabilidade de um processo de aproximação entre os países da Europa.
Pelos países do continente europeu os partidos
eurocéticos começaram a ganhar peso político, chegando nesta altura, mesmo, ao
poder governativo. Polónia, Hungria, Grécia, são exemplos de Estados que
elegerem governos com esta corrente de pensamento e que hoje causam dúvida nos
mercados e nos jovens europeus.
Mais recentemente, o Reino Unido levou a cabo um
referendo para consultar a população, se era a favor ou contra a permanência do
país na União Europeia. O resultado mostrou que a vontade dos britânicos é sair
da União Europeia. Pela primeira vez, a população decidiu na sua maioria que
queria deixar de pertencer à União Europeia.
Neste sentido, e estando a governar um dos países que
mais sofreu com o ajustamento financeiro, e que uma maior mutação teve na sua
organização e coesão social, é decisão deste governo propor um referendo para
consultar a vontade dos portugueses no que concerne à manutenção da nossa
República como Estado membro da União Europeia.
Entendemos, enquanto Estado democrático de direito e
enquanto governo social-democrata, que o respeito pela nossa História e as
nossas instituições, não nos deixa outra opção que não entregar uma decisão de
tamanha dimensão para as pessoas.
Pretendemos ouvir todos os portugueses, maiorias e
minorias, e, deste modo, num contexto de discórdia e agitação interna, estamos
convictos de que só um referendo poderá legitimar a posição de Portugal perante
a União Europeia, seja a decisão que daí sair.
Enquanto convictos europeístas, estamos certos de que os
portugueses irão reconhecer que o nosso futuro só faz sentido num mundo de
integração europeia. E, neste sentido, um referendo que expresse a vontade
nacional de continuar neste projeto, irá colocar-nos perante os nossos
parceiros numa posição de força no projeto europeu e numa posição de
legitimidade política.
Assim, nos termos constitucionais, o governo apresenta a
proposta de realização de um referendo em que todos os cidadãos portugueses
sejam chamados a pronunciar-se sobre a seguinte pergunta: concorda com a manutenção
de Portugal na União Europeia?
Este Governo acha o projeto da União Europeia fantástico.
Acreditamos nele e comprometemo-nos com ele. Contudo, a democracia não existe
apenas quando convém.
Obrigada.
[Aplausos]
Joana Barata Lopes
Muito obrigada, senhora Ministra. Para a primeira
interpelação ao Governo, pelo Grupo Parlamentar Castanho, na Oposição 1, tem a
palavra o senhor Deputado António Silva. Dispõe de três minutos.
António Silva
Exma. Presidente da Assembleia, Exma. Primeira-ministra,
senhoras e senhores Deputados;
Senhora Primeira-ministra, após tomar contacto com a sua
proposta, cabe-nos perguntar se está preparada para enfrentar um Brexit também
em Portugal. Como sabemos, a importância da União Europeia tem vindo a aumentar
ao longo dos anos, primeiro para combater o comunismo e depois como um mercado
em que bens e pessoas circulam livremente.
De facto, na altura da nossa adesão a União, o povo não
foi consultado. Mas chamo a atenção para ter sido um governo do bloco central a
assinar a adesão.
Gostava que considerassem os últimos resultados
eleitorais e os aumentos dos votos em partidos antieuropeístas. Ao propor o
referendo, a saída pode tornar-se real. Pense na situação do Reino Unido. Sem
dúvida que aquilo que a democracia tem de bom é dar a voz às pessoas, mas às
vezes a mesma pode ter um efeito perverso. E apesar de o povo ser soberano, a
sua razão às vezes pode ser toldada.
Tenha em conta a conjuntura conturbada que enfrentamos.
Dar a voz ao povo nesta altura pode ser perigoso. Está pronta para colocar em
causa toda a evolução ao longo destes trinta anos? O seu discurso parece-me um
bocado populista, pois coloca as culpas da crise interna nas organizações
externas como o FMI ou a União Europeia. Temos de assumir os nossos erros e
corrigi-los.
Senhora Primeira-ministra, quer voltar ao século passado?
É que, caso o sim vença, é o que vai acontecer. Mais ainda: a União Europeia
esteve sempre ao nosso lado, e foi com ela que experienciámos um
desenvolvimento sem igual. Considero que dar esta facada, levando para a frente
o referendo, seria virar as costas a quem sempre nos ajudou. É nas alturas mais
difíceis que vemos a resiliência das pessoas. Chegou a hora de caminhar
juntamente com a União Europeia e contribuir ativamente para resolver os
problemas e as questões que nos… Peço desculpa, que estou nervoso também com a
proposta que foi… [ Aparte : está a
falar bem, está a falar bem.] [Aplausos] Só unidos é que podemos combater os
problemas que enfrentamos, como o terrorismo, as alterações climáticas ou a
crise financeira.
Deixo-a com a seguinte pergunta: a senhora está preparada
para ser a próxima David Cameron de Portugal? Vai levar o barco até à ponta do
iceberg e a seguir vai abandoná-lo?
Obrigado.
[Aplausos]
Joana Barata Lopes
Muito obrigada, senhor Deputado. Para tomar a palavra
pela Oposição 2, do Grupo Parlamentar Laranja, tem a palavra o senhor Deputado
Rodrigo Passos. Dispõe de três minutos.
Rodrigo Passos
Exma. senhora Presidente da Assembleia da República,
Exmos. senhores e senhoras Deputadas, Exma. Ministra;
Desde já os meus parabéns por ser uma europeísta.
Parabéns, sinceramente. Mas a ideia que apresenta reflete uma falta de respeito
para com os seus eleitores. Então acredita que os seus eleitores votaram num
partido europeísta e progressista e agora põem em causa a nossa permanência na
União Europeia?
Vamos ser sérios. O nosso partido é sério. Acima dos
partidos, acima das partidarites e acima da sua vaidade pessoal, estão os
portugueses, está o futuro e o rumo de um país.
Os alarmes já dispararam. As instituições financeiras já
olharam apreensivamente para o nosso país. Voltámos a ter instabilidade
económica nos mercados, as multinacionais sedeadas no nosso país já começam a
repensar a sua permanência em Portugal.
Já viu o prejuízo que trouxe para o país, em prol dos
seus interesses pessoais? Este governo parece um carro sem travões em direção a
um precipício.
Certamente não se lembrará da má gestão do seu partido
que levou Portugal a entrar numa crise profunda. E a quem é que nós recorremos?
Exatamente, foi à União Europeia, foi ela que nos resgatou. E hoje a Ministra
está a ir contra a entidade que nos salvou no momento em que mais precisávamos.
É irresponsável pensar num referendo quando estamos
intimamente ligados à economia e às estruturas da União Europeia. Tudo isto põe
em causa não só o projeto europeu, o sonho europeu, mas também a confiança de
todos os investidores que apostam na nossa economia contra os Estados Unidos, a
China e a Rússia.
Mas isto piora com a argumentação deste Governo. Eu peço
a atenção: eles dizem que os jovens também estão com dúvidas em relação à
Europa. Então, nos últimos cinco anos, cinquenta mil jovens frequentaram o
programa Erasmus+, frequentaram faculdades europeias, conheceram os valores
europeus, conheceram a cultura europeia, valorizaram a mobilidade, e são esses
jovens que estão a pôr em dúvida a União Europeia? Sejamos sérios, mais uma
vez.
As graves consequências da saída da União Europeia, quais
são? Vemos pelo Reino Unido. Desvalorização da moeda, a queda da bolsa, da
economia, problemas com as exportações, complicações nas negociações dentro do
espaço europeu e a perda dos apoios do Fundo Europeu, para além da questão da
dívida, que teria obrigatoriamente que ser repensada.
Isto hoje, a Ministra está a dar um tiro no pé. Minto:
nos dois pés. É uma perda de credibilidade da parte do Governo. Não podemos
mostrar ingratidão com o sonho e com o projeto europeu, porque se alguma vez
sairmos [ Joana Barata Lopes : Dispõe
de 30 segundos, senhor Deputado.] … porque se alguma vez sairmos, a saída é
irreversível. Isto é uma escolha, não apenas para os próximos cinco anos, nem
para os próximos dez anos, esta é uma escolha para uma vida. É a escolha do
nosso futuro.
E eu aqui tenho de dizer: viva a União Europeia!
Muito obrigado.
[Aplausos]
Joana Barata Lopes
Muito obrigada, senhor Deputado. Para responder às
interpelações, tem a palavra, pelo Governo Encarnado, o senhor Ministro Eduardo
Magalhães. Dispõe de três minutos
Eduardo Magalhães
Queria cumprimentar a senhora Presidente da Assembleia da
República, senhoras e senhores Deputados;
Dirigindo-me primeiramente à segunda Oposição, eu
gostaria mesmo que o senhor Deputado tivesse tanta capacidade de interpretação
de um documento como tem de tendência para seguir a falácia da bola de neve,
porque efetivamente ninguém fala de falta de certeza dos jovens em continuidade
com o projeto europeu. Falamos, sim, é na falta de confiança que os jovens
podem ter em relação a um futuro melhor, visto que há partidos eurocéticos a
subir nas sondagens e a provocar convulsões antieuropeístas.
De facto, foi perguntado à minha colega se ela queria ser
a próxima David Cameron. Esclareço-o que este governo não está a olhar para si,
este governo nem está a olhar para a sua popularidade. A sua guerrilha até pode
ser contra este governo, mas a nossa luta não é contra a sua oposição, tão
pouco. A nossa luta é somente um confronto relativo a diferenças de coragem
política.
O que se passa em Portugal, passa-se em outros países da
Europa. É uma questão de dúvida em relação à continuidade dos países na Europa,
na União Europeia. Sabemos que os grandes flagelos do século XX se deram quando
partidos eurocéticos se apoderaram das instituições democráticas, mutilando-as
posteriormente.
E são eles, precisamente, que nós queremos combater. As
agitações sociais que hoje acontecem nestes países, a nosso ver, têm de ser
olhadas, e devem ser olhadas, com extrema cautela. Apoiamos o referendo, sim.
Entendemos que ignorar ou oprimir estas convulsões não é uma solução nem viável
nem inteligente. Ignorá-las não vai ser mais do que deitar gasolina num fogo
que já arde de forma violenta. Oprimir é deixar que eles se tornem mártires de
um crime que querem cometer.
Em campo de opressão, demagogia, raiva e ódio, jamais
este governo os pode vencer. Porque os radicais são isolacionistas, a Europa é
pela integração. Os radicais são pelo ódio, a Europa é pela solidariedade. E os
radicais são pelo autoritarismo, mas a Europa é pelo espírito democrático.
Só numa sociedade aberta e iluminada poderemos ser
conduzidos em caminho à paz e prosperidade que almejamos. Os inimigos da
democracia e tolerância têm que ser trazidos para aqui, para um referendo, para
o fórum de debate público e para os campos de batalha das civilizações modernas
e tolerantes. A nossa história, sim, consagrou a ideia de que boletins de voto
e urnas podem ser mais fortes do que espingardas ou tanques, e queremos levar a
cabo uma demonstração de maturidade democrática e de espírito crítico do povo
português, que primeiramente está em clara ausência nas duas oposições, e que
posteriormente a oposição não reconhece ao eleitorado nacional.
Aquela bandeira, aquela bandeira e as doze estrelas nela
gravadas, gritam "in varietate concordia”, unidade na diversidade. E se estamos
aqui hoje é porque os nossos pais não tiveram medo, nunca tiveram medo da nossa
história [ Joana Barata Lopes : Dispõe
de 30 segundos, senhor Ministro.] e o discurso de medo não pode ser resposta à
instabilidade. É o combustível que alimenta populistas.
Há que enfrentar a situação e não fugir do tema. E se
tanto este governo como a oposição concordam ver Portugal no seu futuro num
plano de integração europeia, não pode ter medo. Temos sim que avançar seguros
e confiantes, convictos de sair vitoriosos, mais fortes e legítimos, tanto em
Portugal como na Europa e no Mundo.
[Aplausos]
Joana Barata Lopes
Muito obrigada a todos. Uma vez terminado o exercício,
vamos proceder às nossas votações. Quem entende que foi o Grupo Encarnado, o
Governo, que ganhou este debate, por favor levante o braço.
Podem baixar, muito obrigada.
Quem entende que foi o Grupo Castanho, a Oposição 1, que
ganhou este debate, por favor levante o braço.
Muito obrigada.
Quem entende que foi a Oposição 2, do Grupo Laranja, que
ganhou este debate, por favor levante o braço.
Muito obrigada. Foi a Oposição 2, do Grupo Laranja, que
venceu este debate.
Vamos agora à matéria do debate. Quem concorda com a
convocação de um referendo sobre a manutenção de Portugal na União Europeia,
por favor levante o braço.
Muito obrigada. Quem não concorda com a convocação…
Creio que resulta de forma bastante clara que a grande
maioria é contra a convocação deste referendo.
Para os comentários passo a palavra ao magnífico Reitor.
Dep.Carlos Coelho
Temos de ser muito rápidos, estamos ligeiramente
atrasados.
Acho que o Governo perdeu uma oportunidade, na primeira
intervenção, de apresentar o seu documento. Na prática leram o documento; mas o
documento já era conhecido. A ideia da apresentação não é ler o documento
escrito, é ter uma mais-valia. Acho que a resposta do Eduardo, essa sim,
comportou já alguns elementos novos relativamente ao documento.
As oposições fizeram o seu trabalho. Acho que concordo
com o vosso voto, o Rodrigo ganhou. Teve muita felicidade nos argumentos. O
único defeito do Rodrigo foi apoiar-se na mesa com as mãos, de resto fez tudo
bem. [Risos] Mais uma razão para não se apoiar na mesa; se fosse alto, isso é
que justificaria a necessidade.
O António, que acabou muito bem com uma insinuação de que
a Ministra queria ser o Cameron português. Confessou o nervosismo, e isso
deu-lhe um esteio de simpatia. Mas eu acho que ele esteve muito bem.
Objetivamente, ele estava nervoso, notava-se sobretudo na voz, a voz trémula
era a maior traição desse estado, mas de resto, António, você teve uma
excelente presença, teve uma grande capacidade de comunicação, e transmitiu
convicção e simpatia. Eu acho que isso é essencial no discurso, e, portanto, se
você não tivesse confessado, ninguém teria percebido que você estava nervoso.
Duarte…
Duarte Marques
Rapidamente, concordo com o que o Carlos disse.
Atenção ao António, uma coisa. Tu cometeste aí uma gafe
monumental que ninguém apanhou. E se eu apanhasse dava cabo de ti,
completamente. Eu apanhei, mas não estava aí a combater. Tu nunca podes dizer
que dar a voz ao povo é perigoso. Podes dizer que não é oportuno, que não é a
melhor altura… agora que é perigoso, não. Porque nunca é perigoso, a democracia
é o mais importante de tudo. Eu percebo o que tu queres dizer, mas isso é uma
coisa que tu não podes voltar a dizer nunca, nem em casa fechado na casa de
banho.
A do iceberg é genial. Viu-se também que quer tu, quer o
Rodrigo, ouviram bem o Paulo Rangel e aproveitaram aí umas dicas do discurso
dele com alguma inteligência.
E o Rodrigo fez uma coisa que nunca ninguém tinha feito,
penso eu, que foi colar-se ao PSD – nós somos os tipos do PSD e vocês são os
socialistas. Tentou fazer, mas ele fez primeiro. Ou foi ela que fez? Não me
apercebi.
Só dar aqui um toque, que eu há bocado queria dizer e depois
me esqueci. Vocês têm muito o hábito… quando falam dos ministros e dos
deputados, é senhora ministra, senhores deputados. Não é a ministra ou os
deputados; o senhor faz parte.
Segundo. Não se cumprimenta a mesa. Vocês fizeram isso a
Universidade de Verão toda, e foram avisados para isso. A mesa não fala, as
pessoas da mesa é que são cumprimentadas. A mesa está ali quietinha, não é
preciso, ela também não vos responde. Portanto, não digam isso, porque não vale
a pena e não faz sentido nenhum.
De resto, parabéns, foi um bom exercício. Eu também acho
que o Rodrigo ganhou, o vosso grupo ganhou, mas o António deu muita luta e o
Eduardo no final também. A Raquel foi prejudicada por ter lido tudo. Leu bem,
mas não traz novidade, e foi por isso que vocês também, se calhar, foram mais
prejudicados no final.
Só dizer uma coisa. O Eduardo… tu tens alguns problemas
de dicção, que já percebeste. Eu também tenho. Isso trabalha-se, trabalha-se,
trabalha-se, corrige-se. Todos nós temos alguns, tu tens esse defeito, outras
coisas muito boas, tenta corrigir isso, que é para isso não te cortar o resto
que tens, que é muito bom.
Dep.Carlos Coelho
Vou-vos pedir um grande favor. Vamos ter que ter um
lanche acelerado, porque vamos ter que começar aos 25 minutos. Portanto, pedia
para estarem aqui em baixo às cinco e vinte e cinco para começarmos exatamente
às cinco e meia.