Como analisa o panorama empresarial português neste momento, em particular a facilidade de jovens empreendedores lançarem o seu projeto?
Nunca como hoje houve jovens tão bem formados e desejosos de empreender. Portugal, por outro lado, tem hoje condições únicas de os ajudar. Há tanto para fazer e por fazer que optar será difícil perante as muitas escolhas possíveis.
Há 2 anos disse numa entrevista que quanto menor fosse o envolvimento do Estado na economia melhor. Se ainda mantiver essa opinião, gostaria de saber como seria esta medida exequível tendo em conta a fragilidade da economia portuguesa?
Mantenho em absoluto. Convém diferenciar a economia que cria a riqueza (as empresas) daquela que sorve de forma desmedida por falta de coragem para se reorganizar, que é o Estado.
Quanto menos Estado a economia, mais recursos para as empresas criarem emprego e riqueza.
Porque razão bancos como o BPI estão tão expostos a Angola, quando uma das regras básicas do investimento, é a diversidade dos próprios investimentos? E como é possível, gestores tão bem qualificados e de renome cometerem estes erros de amadorismo?
Como sócio fundador de uma organização, pergunto-lhe se recomenda à população jovem empreenderem as suas novas ideias, abdicando de uma provável carreira mais segura e estável a nível financeiro e de horário pessoal. Porque esta sociedade de start-ups cria a motivação? E o que acontecerá se cada um de nós tentar, e suceder no empreendimento do nosso negócio?
Até 2014 foi administrador da REN. As razões éticas foram sempre mais decisivas, nas suas tomadas de decisão ao longo da vida, em relação às razões económicas?