Considera que o Ensino e a Educação são importantes na luta contra o Extremismo?
O Ensino e a educação são as únicas armas que permitem combater o extremismo. Constroem as defesas contra a violência, semeiam as sementes de paz – o conhecimento mostra que há mais a unir a humanidade que a separá-la.
E o exemplo mais completo é o facto de a educação estar sob ataque dos terroristas e dos extremistas porque a temem: Cabul, Garissa, Malala são apenas alguns desses exemplos.
Quais as maiores adversidades que sentiu no início da sua carreira política? O facto de ser mulher contribuiu ou não para tais adversidades?
A questão da participação das mulheres na vida pública – política, associativa, económica – é um tema de direitos humanos e também de produtividade economia. Ser mulher na política em Portugal é ainda um desafio – a conciliação entre a vida familiar, pessoal e laboral, os estereótipos que há a vencer e as expectativas fazem com que fazer política seja uma tarefa mais difícil para uma mulher do que para um homem. As quotas têm ajudado a normalizar a presença das mulheres mas não são uma bala de prata, é preciso fazer mais, muito mais.
Numa sua intervenção antiga (2014) referiu que: "se o Estado Islâmico executasse uma mulher seria o 'cúmulo do horror' e que não deseja 'banalizar a questão'." Concorda com todo o tipo de esforços que se têm verificado na tentativa do combate ao DAESH? Caso estivesse em sua posse outro tipo de poderes, quais seriam as medidas inovadoras que implementaria para combater o DAESH?
Após a II Guerra Mundial, a Nações Unidas foi criada por forma a garantir a paz mundial. Porém, atualmente, e com os mais diversos desafios na Ucrânia, na Búria e no Sudão do Sul, será que a Nações Unidas continua a ter a capacidade de garantir a paz mundial? Que mudanças a Nações Unidas teria que operar na sua estrutura, para conseguir atingir os seus objetivos?
Enquanto que a União Europeia alberga pouco mais de 1 milhão de refugiados, a Turquia acolhe cerca de 3 milhões. Tendo em conta as tensões entre estas duas partes, considera que pode haver uma rutura no acordo que celebraram em relação aos refugiados? E se sim, estará a Europa pronta para um fluxo de tão volumoso e repentino?
Foi recentemente muito crítica da "Guerra do Burkini". Como enfrentar estas tentativas de segregação ou de "ocidentalização" para que o terrorismo deixe de existir causado pela frustração de gerações de intolerância?
Quão frustada se sente quando depois dos portugueses abrirem as portas aos refugiados Sírios, os vê a fugir para economias europeias mais desenvolvidas?
O uso abusivo do poder de veto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma realidade. Este modelo já não está desatualizado sendo urgente reformar e encontrar um modelo de funcionamento que não paralise uma das mais importantes instituições internacionais em prol dos interesses de alguns?
A recente crise de refugiados é potenciada pela crise social que se tem vindo a sentir há alguns anos. Qual será o factor ideal de resolução desta crise humana, o político ou o económico?
Como Professora de Relações Internacionais, o quão importante é, para si, o ensino das Relações Internacionais no correto entendimento do mundo moderno?
