PERGUNTA A ...
 
 
     
José Matos Rosa
 
Gonçalo Silva
Como foi liderar a "secretaria geral" de partido que governou em tempo de uma profunda crise?
Ser Secretário-Geral do maior partido português, seja em tempos de Poder seja em tempos de Oposição, é sempre uma missão aliciante. Mais do que isso, é um desafio permanente. Há uma imensa estrutura que espera do Secretário-Geral um pilar de estabilidade e de motivação permanente. De mim espera-se que mantenha a “máquina” bem oleada, com meios para trabalhar, com acesso a formação e informação, centrada nos combates nacionais e locais do Partido. E, da mesma forma como tenho de coordenar os serviços centrais do PSD, sinto que é fundamental estar próximo das distritais e concelhias. Isso faz de mim uma presença constante junto das bases. Por outro lado, costumo dizer na brincadeira que sou um “gestor de egos”, porque é minha responsabilidade serenar as normais tensões políticas, num partido que leva a democracia interna muito a sério. Mas, atenção: eu não estou sozinho. Acompanha-me uma grande equipa, que alia a juventude à experiência, a modernidade à militância. Sem eles o meu trabalho não seria possível!
José Augusto Pereira
O PSD está a caminhar para a social-democracia que esteve na sua génese?
Nem a caminhar nem a afastar-se: mesmo nos momentos mais difíceis, o PSD soube honrar os ideais dos seus fundadores e as palavras estruturantes de Francisco Sá Carneiro. É verdade que o país foi mudando e o partido mudou com o país, mas há uma matriz, há valores como a igualdade, a liberdade, a solidariedade, que são eternos e indissociáveis do PSD.
Robert Neves
Como vê a introdução de um sistema de primárias abertas à sociedade civil para escolher os representantes políticos da nação?